quarta-feira, agosto 31, 2011

A linguagem das Flores

Encontrei esse livro enquanto , olhava as prateleiras de um sebo perto da minha casa. Ele fala de quarenta e duas flores , com um poema para cada flor , em seguida conta um pouco sobre a flor e sua simbologia.
 Escolhi duas flores que em minha opinião traduzem o blog, elas são a Orquídea e a Papoula.

Sir Frank Dicksee , Portrait of a girl

Orquídea , Uma bela dama
Pensamos em orquídeas como flores exóticas, produto de estufa e de climas quentes, mas existem muitas orquídeas menores que crescem como flores silvestres em campos e sebes da Inglaterra. Todas elas têm manchas, que são sua marca peculiar de beleza. O folclore conta que havia orquídeas ao pé da cruz onde Jesus foi crucificado. Seu sangue pingou sobre as flores e elas mantiveram as manchas desde então. Como diferentes espécies têm flores variadas de formatos curiosos, a orquídea foi chamada de língua-de-serpente, dedos-de-mortos, chifres-de-carneiro, além de ser associada à mamãe gansa com sua ninhada, devido à maneira como as flores de agrupam em torno do talo. As orquídeas são extremamente apreciadas e inigualáveis , como sugere seu significado na linguagem das flores.

Eu encontrei uma dama nos campos,
PoesiaTão linda... uma jovem fada,
Seu cabelo era longo e seus passos tão leves,
PoesiaE selvagens eram seus olhos.

Eu fiz uma guirlanda para sua cabeça,
PoesiaE braceletes também, e perfumes em volta;
Ela olhou para mim como se amasse,
PoesiaE suspirou docemente.

Eu a coloquei sobre meu cavalo e segui,
PoesiaE nada mais vi durante todo o dia,
Pelos caminhos ela me abraçou, e cantava
PoesiaUma canção de fadas.

Ela encontrou para mim raízes de doce alívio,
Poesiamel selvagem e orvalho da manhã,
E em uma estranha linguagem ela disse...
Poesia"Verdadeiramente eu te amo."


Papaoula , Extravagância fantástica
“ O verão pousou os lábios no seio nu da terra
E deixou ali sua marca rubra sobre uma papoula:
Como um bocejo de fogo, da grama ela emergiu,
E o vanto brando influou-a em aberta chama.
Com a boca vermelha ardente ela bebeu
O sangue do sol que, abatido, tombava,
E mergulhou sua taça no brilho purpurino
Quando os condutos do leste carregavam-se de vinho…

 A papoula (para Mônica), Francis Thompson (1859-1907)

Dans La Prairie - Henri Hippolyte Dubois
Na linguagem das flores, a papoula escarlate significa extravagância fantástica; a papoula opiácea branca da Ásia significa sono. Alguns acham que seu nome latino, Papaver, veio de “papa” porque seu suco era oferecido aos bebês para deixá-los sonolentos. A papoula às vezes é chamada de rosa-vermelha-de-ceres, porque os romanos antigos acreditavam que a flor havia sito plantada por Ceres, a deusa dos cereais, que sempre é representada carregando papoulas e cereais, os quais oferecia como sacrifícios aos deuses. Um  dos antigos nomes da papoula na Inglaterra era tigela-de-queijo porque, na base do capítulo da flor, existe uma pequena concavidade redonda cheia de sementes fixadas em algo que se assemelha a um queijo. No norte da Inglaterra, chamam-na de rosa-de-crista, rosa-taça ou rosa-de-grão… O outro nome dado às papoulas em toda a Inglaterra é dor-de-cabeça, porque diz-se que seu perfume ou a cor vívida podem induzir a cefaléias.

Mais alguns trechos do livro aqui.
   

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