Sombrinhas- A História I Parte

O tom bronzeado das peles virou símbolo de saúde e estato social , muitas pessoas passam horas na praia tomando sol, ou em clínicas de estética fazendo o bronzeamento artificial, praticas tão nocivas a saúde quanto aquelas usadas pelas mulheres do passado . Hoje em dia se proteger do sol com uma sobrinha acaba sendo ridicularizado.

As sombrinha não devem ser confundidas com suas primas pobres derivadas dos guarda-chuvas. Seu nome deriva do latim “parare”, que significa escudo, e “sol”. Outros termos também surgem a partir do século XVI para descreve a peça na Europa: ombrelle, ombriere, quitasol e kitesol.

Datá-las pode ser um desafio, visto que as origens das sombrinhas já podem ser vistas no Egito, Grécia, China e Pérsia. De acordo com pinturas e esculturas egípcias, a sombrinha era reservada exclusivamente ao faraó, geralmente carregada por uma serva. O uso da sombrinha passou aos gregos e romanos como um signo de distinção das classes altas. Não apenas protegia a nobreza de ter a pele queimada pelo sol, como representava sobre ele um arco celeste ligado à soberania.

Sombrinhas e guarda-chuvas também guardavam um simbolismo religioso. Nut, a deusa-mãe egípcia, tinha em seu corpo todo o firmamento e era representada como um arco sobre a terra. Osíris também estava associado ao guarda-chuva como aquele que traz a chuva. Na Índia, Vishnu recuperou o guarda-chuva mágico de Varuna, que era responsável por criar a chuva. Gregos e romanos associaram essas narrativas a Baco e Dionísio, ambos os deuses ligados à chuva, mas os gregos desenvolveram o uso feminino das sombrinhas. Essa prática está ligada à adoração de Dionísio, durante o qual uma sombrinha era carregada sobre o deus. Mais tarde, isso se tornaria costumeiro para outras divindade, incluindo Pallas Atena. Em honra dela, as mulheres atenienses carregavam sombrinhas durante os festejos da deusa.

Embora o uso da sombrinha fosse corriqueiro ao longo do Império Romano, demorou até a Renascença Italiana para que a peça se popularizasse pela Europa. As francesas popularizaram seu uso durante o século XVII; no século seguinte, os ingleses a adotariam.